Identidade

postado em , por midejesus, Nenhum Comentário

Esses dias eu estava aqui refletindo sobre identidade. Ouvi numa palestra, um professor falando sobre como quem vemos no espelho não somos nós mesmos, porque no instante em que nos vemos já mudamos e somos outra pessoa diferente. Achei bem viajado esse papo dele, mas não posso deixar de concordar com o fato de que mudamos sim - e que bom que mudamos.
Nós mudamos no nosso modo de agir, pensar e no modo em que nos enxergamos - nos identificamos - diante dos outros. Olhando para o meu antigo blog, (que eu estou na dúvida se apago e migro tudo pra cá ou deixo ele lá quietinho, desbotando), vejo que eu me identificava como "Estudante, Educadora, e Jovem Embaixadora", interessante. Dessas coisas, a única que eu mantenho em meu discurso de apresentação é que sou estudante - estudante de engenharia. Educadora e Jovem Embaixadora foram coisas que eu já fui, porém, que não me caracterizam com detalhe nesse momento da minha vida.


Acho que estamos sempre tentando descobrir quem somos. Existe uma infinidade de coisas que uma pessoa pode ser e cada uma procura identificar aquele arranjo único que lhe faz especial, única. (E nesse ponto do texto comecei a refletir sobre combinações e probabilidades mesmo: dados todos os eventos que podem acontecer na vida de uma pessoa, a probabilidade de 2 pessoas diferentes experienciarem todas as mesmas coisas é praticamente zero, não é não? - Olha que bonita essa matemática.)
Outra coisa que chama minha atenção é tentar identificar o que é passageiro e o que é permanente: eu nasci menina, no Brasil, em 1994 e isso não dá pra mudar. Mas quando digo que sou uma pessoa ansiosa, será que estou certa mesmo? Ou será que eu sou uma pessoa que tem passado por momentos de ansiedade? Isso eu não sei dizer ainda, mas espero que seja a segunda opção. Fico pensando se isso é realmente assim tão importante de ser definido. Acho que talvez no momento isso tenha importância sim, mas, numa longa escala, tudo vai passar, tudo volta ao pó, e o que um dia foi, vai deixar de ser. Inteligente mesmo foram os ingleses, que usaram um mesmo to be pras duas coisas.
Alguém me disse que a verdadeira Michelly ainda não desabrochou e eu achei interessante ouvir isso - às vezes eu mesma não sei quem eu sou, acho mais fácil dizer o que eu não sou. Estou animada pra conhecer essa pessoa que eu vou me tornar.

0 comentários:

Postar um comentário